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40.º Congresso de Pneumologia

Assinala-se a 25 de setembro o Dia Mundial do Pulmão. Nesta data - que pretende aumentar a consciencialização sobre a saúde pulmonar - a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) divulga um documento consenso que reúne oito entidades da área da saúde e que incide sobre as recomendações para a implementação de um programa nacional de rastreio para o cancro do pulmão.

As principais conclusões deste documento vão ser apresentadas no dia 25 de setembro, pelas 15:00, na sede da SPP.

De acordo com o Registo Oncológico Nacional, o cancro do pulmão é o segundo tipo de cancro mais frequente e, também, a primeira causa de morte por cancro, correspondendo a uma em cada cinco mortes por neoplasia. Um diagnóstico precoce é um fator fundamental pois, quando diagnosticado precocemente, o cancro do pulmão tem maior hipótese de cura, podendo a taxa de sobrevivência aos cinco anos superar os 90%.

Perante estes dados, e respondendo ao apelo da European Health Union, foi criada uma task force multidisciplinar – que inclui pneumologistas, radiologistas, oncologistas, cirurgiões torácicos, especialistas em Saúde Pública e em Medicina Geral e Familiar - para a elaboração das recomendações para a implementação de um programa de rastreio em Portugal.

“Após vários ensaios clínicos terem comprovado o benefício do uso da TAC torácica de baixa dose como método de rastreio do cancro do pulmão, com ganho na sobrevida, alguns países europeus implementaram programas de rastreio (encontrando-se em fase de implementação em vários outros países). Tendo em vista a complexidade deste programa, com um elevado teor multidisciplinar, foi propósito destas sociedades científicas, correspondentes às especialidades diretamente relacionadas com a deteção, diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão, o de proporcionarem um documento que sensibilize as estruturas de saúde a iniciarem um processo que conduza a uma implementação efetiva de um programa de rastreio a nível nacional após os estudos piloto considerados essenciais para a sua implementação”, destaca António Morais, presidente da SPP, sobre esta iniciativa. 

Também Gabriela Fernandes, da Comissão de Trabalho (CT) de Pneumologia Oncológica, refere a importância desta colaboração entre especialidades: “a multidisciplinariedade no rastreio do cancro do pulmão envolve, em várias etapas, a colaboração direta e integrada de diversas especialidades, desde o recrutamento e referenciação de candidatos até ao diagnóstico rápido e ao tratamento oncológico nas suas múltiplas modalidades. Esta abordagem, que inclui necessariamente o apoio à cessação tabágica, é fundamental para um diagnóstico preciso, um planeamento terapêutico eficaz e um suporte integral ao paciente, resultando em melhores resultados clínicos e qualidade de vida”. Margarida Dias, também da CT, reforça que “já não existem dúvidas de que o rastreio do cancro do pulmão reduz a mortalidade e é custo efetivo, mas a sua implementação deve ser ajustada à realidade de cada país. Este documento de consenso reúne as recomendações que permitem implementar este rastreio de forma pragmática, consistente e eficaz em Portugal”.

A idade (dos 50 aos 75 anos), os hábitos tabágicos (ser fumador ou ter deixado de fumar há menos de 15 anos) e a carga tabágica (mais de 20 maços de tabaco por ano) são os critérios de elegibilidade para o programa de rastreio a esta neoplasia.

A Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear (SPRMN), a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), a Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica (SPAP), a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular (SPCCTV), a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) e a Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC (RESPIRA) colaboraram com a SPP na elaboração desde documento consenso.

Consulte AQUI o artigo na íntegra.

Dia Mundial do Pulmão 2024

"Ar puro e pulmões saudáveis para todos" é o mote instituído pelo Forum of International Respiratory Societies (FIRS) para o Dia Mundial do Pulmão, data que se assinala anualmente a 25 de setembro, e à qual a Sociedade Portuguesa de Pneumologia se associa.

Apesar de o tabagismo ser considerado o principal fator de desenvolvimento de cancro do pulmão, sendo responsável por 80% dos casos, há outros fatores envolvidos, entre os quais se inclui a exposição à poluição atmosférica.  Um dos objetivos desta data é, precisamente, o de sensibilizar as entidades governativas para a priorização da saúde pulmonar através da adoção de medidas sobre qualidade do ar, antitabágicas e legislação climática.

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