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De acordo com um novo estudo, os aromas combinados com solventes nos cigarros eletrónicos produzem novos químicos tóxicos que irritam as vias aéreas, o que pode levar a problemas respiratórios, cardíacos e dos vasos sanguíneos.

"O nosso coautor e químico analítico Dr. Hanno Erythropel e colegas da Universidade de Yale encontraram novos produtos químicos em líquidos para cigarros eletrónicos e revelaram que estes se formam quando os componentes são misturados pelos fabricantes. Ficámos preocupados com os altos níveis desses novos compostos e decidimos realizar testes toxicológicos”, afirmou o Prof. Doutor Sven-Eric Jordt, professor associado de Anestesiologia, Farmacologia e Biologia do Cancro na Duke University School of Medicine, nos EUA. E adiantou: “Observámos consistentemente que os novos produtos químicos formados a partir dos sabores e dos solventes líquidos eram mais tóxicos do que qualquer um dos compostos originais. Os novos produtos químicos derivados de benzaldeído e cinamaldeído eram mais tóxicos do que os compostos derivados da vanilina.”


Por sua vez, o Dr. Hanno Erythropel, investigador associado do Center for Green Chemistry & Green Engineering em Yale relatou que numa análise a líquidos para cigarros eletrónicos da Juul, marca líder de cigarros eletrónicos dos EUA, e comparando com os resultados de produtos Juul vendidos no Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Itália, percebeu-se que “os vendidos nos EUA e Canadá contêm até 59 mg de nicotina por ml, compreendendo cerca de 5% do líquido, mas os regulamentos da UE limitam o conteúdo de nicotina a aproximadamente um terço dessa quantidade, 20mg/ml, cerca de 1,7%”, além de os produtos europeus também conterem menores quantidades de agentes aromatizantes em comparação com os produtos dos EUA e do Canadá, com uma exceção:  a quantidade reduzida de mentol no líquido de menta europeu para cigarro eletrónico foi substituída por um agente refrigerante sintético chamado WS-3, não presente em produtos dos EUA ou Canadá. O WS-3 produz um efeito de refrigeração semelhante ao mentol, mas sem o seu cheiro característico. A segurança de inalar WS-3 em cigarros eletrónicos é desconhecida, portanto, acreditamos que qualquer legislação que vise mentol em produtos de tabaco deve ser estendida aos agentes refrigerantes sintéticos, como por exemplo a Alemanha implementou para cigarros de tabaco.”


O Prof. Doutor Jørgen Vestbo, presidente do European Respiratory Advocacy Council, moderou esta sessão e comentou: “Estes estudos mostram que o líquido para cigarros eletrónicos foi disponibilizado aos consumidores sem uma compreensão adequada e testes de segurança, tanto dos principais produtos químicos no líquido de vaporização, mas também quanto à sua combinação para formar novos compostos potencialmente tóxicos”, adiantando que “essas descobertas sublinham o facto de que os cigarros eletrónicos não podem ser considerados uma alternativa segura aos cigarros de tabaco”. “Os reguladores precisam de tomar medidas para iniciar pesquisas adicionais sobre os componentes constituintes dos líquidos de cigarros eletrónicos e as suas combinações para que sejam postas em prática medidas adequadas para reduzir os riscos tanto quanto possível.”

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