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40.º Congresso de Pneumologia

Depois do inegável contributo das vacinas contra a COVID-19 para o controlo da pandemia, vários laboratórios farmacêuticos investigaram e desenvolveram medicamentos específicos para o tratamento da infeção por SARS-CoV-2. Numa sessão Webinar realizada no passado dia 4 de abril, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia convidou o Prof. Doutor Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, e representantes dos departamentos médicos de quatro laboratórios envolvidos no desenvolvimento destes medicamentos, no sentido de debater a eficácia e segurança das novas moléculas no tratamento da COVID.

“O esforço da ciência durante esta pandemia permitiu termos vacinas ao fim de um ano de pandemia e termos, ao fim de dois anos, fármacos com resultados muito favoráveis no tratamento desta doença”, afirmou Prof. Doutor António Morais, presidente da SPP e moderador desta sessão. O problema são os atrasos relativamente à chegada destes medicamentos a Portugal. Face aos promissores resultados obtidos no âmbito da investigação clínica, a Agência Europeia do Medicamento já aprovou estes tratamentos que, entretanto, já estão a ser administrados aos doentes de vários países europeus, inclusivamente em Espanha. Contudo, em Portugal ainda não.

“Custa muito ver todos os dias doentes que desenvolvem complicações graves da COVID-19 que podiam ser eficazmente tratadas e, em alguns casos, prevenidas e custa muito continuarmos a contabilizar mortes por COVID-19 quando já foram desenvolvidos tratamentos eficazes que reduzem muito significativamente a mortalidade. Os doentes não podem ser privados do acesso a estes tratamentos”, sublinhou o Prof. Doutor António Morais.

Essa é também uma preocupação do Prof. Doutor Hélder Mota Filipe que reforçou o seu desejo de ver estes medicamentos chegarem aos doentes que deles precisam o mais rapidamente possível.

Quanto à eficácia de cada um destes medicamentos perante eventuais mutações do vírus, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos lembrou que isso dependerá do mecanismo de ação dos diversos tratamentos.

“No caso dos medicamentos que atuam diretamente no vírus, é natural que haja uma perda de eficácia resultante da criação de resistências mediante o aparecimento de mutações. Contudo, no caso dos medicamentos que atuam no hospedeiro, ou seja, que modelam a forma como o doente vai responder à infeção, não haverá tanta influência do vírus sobre a eficácia do tratamento. Temos de ir acompanhando a evolução do vírus para percebermos que medicamento será mais eficaz em cada doente”. Segundo Hélder Mota Filipe, “a COVID-19 veio para ficar, não é fácil prever o que vai acontecer, mas o mais importante é termos acesso ao máximo possível de terapêuticas para as podermos usar adequadamente”.

Usar adequadamente estes tratamentos significa que cada uma das opções terapêuticas chegue ao doente que mais pode beneficiar dela. Alguns destes medicamentos foram pensados e desenvolvidos para a Long-COVID, outros para fases agudas da doença, em formas mais moderadas e outros para formas mais graves.

Podem ser usados sequencialmente, à medida que a doença vai evoluindo, mas “é tentadora a sua utilização em regimes de combinação terapêutica, tendo em conta os potenciais benefícios de associar mecanismos que se complementam”, como salientou o Prof. Doutor Hélder Mota Filipe. Estas são possibilidades que ainda não foram estudadas, mas que não são descartadas, inclusivamente pelos representantes das companhias farmacêuticas que desenvolveram estes fármacos e que estão abertos a novas parcerias, tal como ocorreu no processo de desenvolvimento das vacinas.

O Webinar da SPP está disponível para profissionais de saúde AQUI.

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