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Decorreu ontem, ao final da tarde, a sessão inaugural do 39.º Congresso de Pneumologia. Uma cerimónia que contou com a participação da Dr.ª Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, que, impossibilitada de comparecer presencialmente neste congresso, enviou um vídeo com uma mensagem focada, essencialmente, na legislação antitabágica. “Todos juntos somos poucos para enfrentar a indústria tabaqueira, os seus métodos e recursos. A vossa voz, os vossos argumentos científicos e a vossa experiência clínica são fundamentais para não perdermos mais esta oportunidade. Por favor, façam-se ouvir bem alto”, apelou a Dr.ª Margarida Tavares a todos os participantes nesta reunião.

De acordo com a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Portugal está alinhado com os parceiros europeus, acompanhamos o objetivo de criar uma geração livre de tabaco até 2040. Isto é, “reduzir a prevalência do uso de tabaco dos 17% da população apurados em 2019, para níveis inferiores a 5%”. Para tal, foi feito o trabalho de alteração e discussão da Lei do Tabaco, “de uma forma muito célere, até porque queríamos cumprir o prazo de transposição da diretiva delegada que equipara o tabaco aquecido ao tabaco convencional, que deveria entrar em vigor em outubro passado”. As opções tomadas, garante a Dr.ª Margarida Tavares, foram baseadas em evidência robusta, desde a limitação do consumo em locais fechados e em vários locais públicos ao ar livre até à limitação dos postos de venda, entre outros detalhes passíveis de ser abordados nesta lei. “Fizemo-lo focados na proteção da saúde dos que não fumam, na perspetiva de promover a cessação tabágica naqueles que fumam mas, sobretudo, de prevenir a iniciação tabágica nos grupos etários mais jovens”.

A proposta foi aprovada pelo Governo em maio, foi apresentada à Assembleia da República e aprovada pela generalidade e “enfrenta agora uma difícil discussão na especialidade”.

“É preciso melhorar, intensificar e continuar o caminho e até recuperar o atraso de Portugal na sua legislação específica relativa ao controlo do tabagismo. Sabemos a tragédia de saúde pública que um século de epidemia do tabaco significou. Seria um erro indesculpável não agir agora. O tabagismo é um tema prioritário numa agenda de saúde pública moderna que eu gostaria muito de ajudar a implementar”, sublinhou.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde aproveitou ainda a oportunidade para agradecer aos pneumologistas pelo empenho, dedicação e pela defesa dos interesses de saúde pública, bem patente na “resposta eficaz” à pandemia de COVID-19. “Foi com muito gosto e muito orgulho que trabalhei ao vosso lado em momentos tão desafiantes para as nossas profissões. Todos sabemos que esta pandemia trouxe muitos ensinamentos e muitos desafios, quer em termos de atuação clínica, quer em termos de organização dos serviços de saúde, quer de preparação e resposta para novas emergências. É-nos fundamental a visão da Pneumologia e dos Pneumologistas para a avaliação, compreensão e tradução desta experiência em conhecimento útil para o presente e para o futuro”, referiu. Contudo, outras necessidades continuam a aguardar resposta, como é o caso da melhoria do prognóstico dos doentes com cancro do pulmão, da melhor prevenção das infeções respiratórias, de um controlo mais eficaz da DPOC e de uma maior capacidade de prevenir as doenças respiratórias cujo impacto em termos de mortalidade e morbilidade é tão significativo.

“Depois destes dois estudos, a SPP não ficará igual”

Tendo já como principal objetivo para 2024 a celebração dos 50 anos da SPP, o Prof. Doutor António Morais apresentou ontem, na sessão de abertura, o programa de atividades comemorativas que prevê concretizar.

“2024 é o ano em que pretendemos homenagear o pneumologista”. Para começar, a 17 de janeiro, dia em que se assinala o 50.º aniversário da Sociedade, será lançado o livro e apresentado o documentário sobre a história da SPP num jantar que terá lugar em Lisboa. Ao longo do ano está prevista a realização de uma exposição itinerante que possa ser acolhida em vários municípios do país, com o objetivo de dar a conhecer à população a evolução do conhecimento, do diagnóstico e tratamento das doenças respiratórias.

Contudo, “a publicação de dois estudos sobre DPOC, que há muito desejamos realizar e temos, agora, condições de o fazer, será o ponto alto das celebrações”, afirmou o Prof. Doutor António Morais. “Depois destes estudos, a SPP não ficará igual”.

Na presença do past-president da European respiratory Society, Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, da presidente da International Union Against Tuberculosis and Lung Diseases, Prof.ª Doutora Raquel Duarte, do Dr. Luís Spencer, em representação dos pneumologistas de Cabo Verde, do Presidente da Sociedad Española de Neumologia y Cirurgia Torácica (SEPAR) Dr. Carlos Jimenez-Ruiz, da presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Dr.ª Margareth Dalcomo, o Prof. Doutor António Morais reforçou a internacionalização do Congresso Português de Pneumologia.

“Pretendemos alargar este encontro a todos os que trabalham connosco no dia-a-dia, dentro e fora dos Serviços de Pneumologia”, sublinhou o presidente da SPP. Exemplo desta partilha de saberes são as sessões realizadas em conjunto com a Radiologia, com a Anatomia Patológica e com a Medicina Geral e Familiar.

A Pulmonology foi apontada pelo Prof. Doutor António Morais como um motivo de orgulho para todos os pneumologistas: “Conseguimos alcançar um fator de impacto de 11,7, colocando-nos no quartil 1. Pessoalmente, nunca pensei que fosse possível tal proeza, que se deve ao trabalho de todos os que nos fizeram chegar até aqui e, em particular, ao Prof. Nicolino Ambrosino, atual editor-chefe da revista.

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